Fala Werneck

@fala.werneck_todasasboasresenha

 

Faro Editorial 

253 páginas

 

Cuidado com o que você acha que sabe

 

Margot é uma jovem que decide voltar para a sua cidade de origem para cuidar do tio que, mesmo não sendo idoso, já sofre com os cruéis sintomas do Alzheimer.

 

Há muito tempo, ela está afastada dessa cidade que deixou marcas em sua vida pelo trauma de perder a melhor amiga quando ainda era uma criança pequena; mas parece que a barbárie do passado está de volta.

 

Quando Margot era pequena, January foi assassinada e agora uma outra garotinha foi levada de uma cidade próxima.

 

A jovem decidirá se entregar ao trabalho como jornalista para tentar descobrir se os casos estão conectados e encontrar essa pessoa cruel, que aterroriza todos, especialmente ela mesma, pois desde criança se angustia com a possibilidade de um homem perturbador fazer com ela o que fez com a amiga.

 

A leitura é acelerada, alternando entre o presente com a Margot e o passado com a Krissy (mãe da January).

 

À medida que os capítulos seguem, o leitor se vê envolto por essa investigação cheia de pontas soltas, que a cada momento parece apontar para um suspeito diferente.

 

Margot começa a ser ameaçada e percebe que está correndo contra o tempo, porque precisa ajudar a prender o culpado, mostrar para todos a verdade sobre o passado e também entender os segredos assustadores que algumas pessoas da cidade parecem guardar.

 

Fica então o questionamento: será que você realmente conhece as pessoas com quem convive? 

Até onde as pessoas iriam para libertar os seus demônios internos?

 

Com entrevistas que parecem não revelar muito, Margot vai conseguindo ligar os pontos e percebe como existem pessoas que são uma ameaça não só para pequenas garotinhas, mas para mulheres adultas também. 

 

Pessoas que nem deveriam ser chamadas de seres humanas, pois consideram essas vidas apenas objetos, com os quais fazem o que querem e depois descartam sem remorso. 

 

Será que a Margot conseguirá descobrir a verdade? Toda a verdade? A justiça será feita?

 

Uma leitura eletrizante, perturbadora, que nos faz pensar sobre a falta de qualquer senso de humanidade, além de mostrar as dificuldades e os grandes desafios envolvidos no convívio e cuidado de pessoas com Alzheimer; mostrando como a doença é terrível não só para quem está com ela, mas também para quem convive com um ente querido e vê essa pessoa ir “sumindo” diante de seus olhos a cada dia.

 

Um livro com um final chocante, que fala de escolhas, de amor pela família e de como certas atitudes podem destruir tudo. 

 

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