Fala Werneck

@fala.werneck_resenhaolimiar

 

Editora Scortecci

86 páginas

 

A construção da arte

 

Resenhar um livro de poesia é sempre especial, porque é como se cada leitor conhecesse uma obra diferente. Pelas suas vivências anteriores, o seu olhar para o mundo e a sua interpretação dos poemas.

 

E quando o livro contém poemas repletos de metáforas e referências, como “O limiar do surto”, a multiplicidade é ainda maior.

 

A obra é dividida em seis partes, que nos envolvem e fazem refletir sobre diferentes questões da vida.

 

O início fala muito sobre a entrega necessária para que a evolução aconteça, a transformação de uma vida cercada por questionamentos, ações e sonhos também.

 

É preciso permitir que a sua voz interior chegue ao mundo e mostre do que é capaz.

 

Sempre acreditando que há esperança, que a vida pode nos oferecer mais.

 

A segunda parte nos lembra das dificuldades, das dores diante dos desafios que parecem impiedosos.

 

Depois, vem o amor. A luz pela qual vale a pena lutar.

 

A essência da alma, que deve ser cultivada a cada dia para que consiga florescer.

 

As três últimas partes mostram o ciclo de emoções intensas que permeiam certas fases da existência humana: dor, raiva, indignação…

 

E depois da tormenta, da jornada solitária que cada um precisa fazer, reencontra-se a calmaria, a beleza da vida, uma nova oportunidade de ser melhor.

 

Um livro curto, com poemas que merecem ser lidos e refletidos com calma, para que a sua mensagem possa ser absorvida como proposta pelo poeta.

 

Os poemas nos mostram que, para evoluir, precisamos chegar aos nossos limites, enfrentar nossos monstros e perceber que somos fortes.

 

Podemos muito, mas precisamos ousar acreditar nisso.

 

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