Assim que terminei “Augusto”, queria ler o outro lado dessa história e conhecer Marco Antônio e a famosa Cleópatra.
A narrativa já começa de forma bem poética: “A trovoada da noite tinha se afastado, mas o vento das montanhas continuava a fazer-se sentir em rajadas curtas.”.
Este livro já é diferente, porque mesmo sendo ditado por Marco Antônio para o seu secretário Crítias, o livro é repleto de comentários e observações desse secretário, que adora dizer o que pensa sobre os assuntos que o patrão está narrando.
A história também começa após o assassinato de César e Marco Antônio precisa agir rápido para garantir que não seja morto também.
Ele tem uma presença maior e mais constante no Senado, gosta de abalar as multidões e sabe como conduzir as pessoas para que façam o que é do seu interesse.
Em menos de 50 páginas, César foi mencionado algumas vezes, sempre evidenciando como era um homem imponente que conquistava todos, mas não despertada o afeto verdadeiro.
Muitos homens queriam estar perto de César, mesmo sabendo que suas presenças seriam subjugadas, e as mulheres eram igualmente atraídas pelo ditador.
Marco Antônio sabia como falar para que esses seguidores fiéis permanecessem ao seu lado e, consequentemente, sua segurança estaria garantida por algum tempo.
O embate com Cícero é cercado de palavras condenatórias e discursos bem planejados. Cícero é apresentado como um homem mesquinho e até bajulador.
Octaviano, o futuro Augusto, é mencionado como um rapaz imaturo, fraco e despreparado.
Mas sabemos que logo o Marco Antônio perceberá que está enganado.
Quero continuar a leitura para ver como essa história seguirá, porque ainda que o homem beba de forma excessiva e fale sobre as ações dos outros, ele não nega que mente e manipula quando convém.
Ele é cruel, mas parece honesto quanto a isso.
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