Fala Werneck

meuprime

 

Post com SPOILERS!

Se você ainda não leu o livro e não quer descobrir detalhes sobre a história, não continue a leitura deste post.

 

Bem, agora que já dei o aviso, posso começar falando o quanto já estou impactada com ‘Flores para Algernon’.

A história é narrada pelo Charlie, um homem de trinta e poucos anos que possui um atraso intelectual. Apesar de todas as dificuldades, ele é dedicado e tem uma grande vontade de aprender a ler e escrever bem, ele quer ser inteligente para ter amigos e conversar muito com eles.

 

Charlie irá participar de um experimento, e para isso começa a escrever relatórios de progresso, onde fala sobre o que está vivendo e o que sente. Assim já notamos as limitações dele, primeiro através da escrita e depois vamos compreendendo as camadas que envolvem as situações que ele vive com as pessoas que o cercam no trabalho e na universidade onde a pesquisa está sendo feita.

Me surpreendi ao descobrir que Algernon é o nome do rato.

 

O Charlie é muito sozinho, e passa por muitas situações injustas, porque a maioria das pessoas que o cercam debocham dele ou se aproveitam da situação. É triste ver como não o respeitam e consideram como deveria. Porque independente das limitações que possui, ele é um ser humano com sentimentos e vontades próprias.

Ao acompanharmos os relatórios percebemos como as pessoas que lhe são mais próximas são o dono da padaria e a professora que o ensinou a ler e escrever.

 

A cirurgia é feita, é um sucesso, e começamos a perceber o avanço do Charlie por meio da escrita, do que ele relata estar fazendo e acompanhamos o seu empenho com a leitura e o aprendizado. Ele começa a aprender outros idiomas, estudar livros universitários, e criar questionamentos que confundem os próprios cientistas.

 

Mas ainda que a inteligência intelectual esteja se expandindo, a sua inteligência emocional ainda é de uma pessoa muito imatura.

E ele continua se sentindo solitário, porque as conversas das pessoas parecem simples demais para ele, até irrelevantes. Muitos o temem.

 

É intrigante ver como a história está se desenrolando e como os cientistas ainda não o tratam com respeito, falando dele como se ele não existisse antes, como se não fosse humano antes da cirurgia.

 

Quero continuar a leitura para ver como será o amadurecimento dele e se as outras pessoas aprenderão o significado de empatia, respeito, e se finalmente entenderão que cada um tem o seu próprio tempo; o que não faz com que um seja superior ou inferior ao outro, apenas diferentes.

 

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