Fala Werneck

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Culpa

 

Se você parar para pensar, todo dia é comum, cada dia é simplesmente comum; até que algo pavoroso ou incrível aconteça.

Os momentos que transformam tudo, que marcam,  podem durar apenas alguns minutos, ou ínfimos segundos; e, ainda assim, marcar alguém pelo resto da vida.

 

A culpa é corrosiva, destrutiva, ela consome e não traz benefícios. É preciso transformar a culpa em aprendizado, em perdão, em amadurecimento.

E este livro falará exatamente sobre isto, um dia comum, de churrasco entre amigos, no qual algo trágico acontece e todos eles mudam. Cada um tem um sentimento particular de culpa, cada um acredita que é parte do problema que aconteceu.

 

Quando finalmente descobrimos o que houve naquela tarde, o que transformou todos eles de uma maneira tão agressiva; compreendemos que todos nós podemos passar por algo assim, e acabar vivendo com tanta culpa também.

Além de notarmos como erros acontecem, como distrações ocorrem com todo mundo. Todos nós somos passíveis de erros e, em maior ou menor escala, cometeremos deslizes na vida. Não adianta tentar negar que somos seres que falham.

 

Ao constatar que todos podem errar, também percebemos que condenar é muito fácil, mas completamente hipócrita. Quem pode admitir com segurança que jamais deixaria algo assim acontecer? É impossível saber com certeza.

 

A autora, mais uma vez, constrói uma trama muito elaborada e sensível, na qual acompanhamos personagens realistas passarem por situações prováveis. Mas algo que permanece claro é a fatalidade da vida em deixar alguns segredos morrerem sem serem revelados, sim, existem coisas que as pessoas jamais descobrirão, existem verdades que serão enterradas com os mortos.

É “apenas” a vida.

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