Editora: Flyve.
Páginas: 126.
Rumos da Vida
“Ayla, a tamanduá” é o segundo conto do autor ambientado neste Brasil distópico, tão distante da nossa realidade e, ainda assim, assustadoramente próximo.
Ayla é uma jovem que ama os animais e faz o que pode para ajudar. Trabalha em uma ONG que resgata e cuida deles; lá ela tem amigas e também é muito próxima dos animais, especialmente de um tamanduá que se torna o seu companheiro de jornada quando algo terrível acontece e ela precisa fugir.
Acompanhamos então essa jovem que tenta assimilar o que aconteceu e encontrar uma forma de seguir em frente e provar que não cometeu o crime do qual está sendo acusada.
Por ser mulher, enfrenta outros problemas e o preconceito continua sendo uma grave questão da sociedade, além da violência que ocorre contra as mulheres.
Mais uma vez o autor cria cenas fortes e pesadas para nos mostrar o lado mais vil do ser humano.
E mesmo diante de tanta crueldade, a Ayla consegue encontrar forças e apoio para lutar pela justiça e pela verdade.
O poder que está nas mãos do rei que governa o Brasil começa a ser abalado.
Nesta narrativa conseguimos conhecer um pouco mais a resistência e algumas pessoas que lutam.
Porque mesmo que o discurso assustador pareça representar a mente da maior parte da população, isso é um equívoco.
Cada vez mais as pessoas estão percebendo o quanto esse “reino” é problemático e restritivo. E elas cansaram de sofrer caladas.
O próximo conto promete… Pois os indícios de que a resistência está ganhando forças é maior a cada página.
Outro ponto que merece ser mencionado é a amizade da Ayla com o tamanduá; mais um bichinho companheiro e com muita personalidade para criar um tom especial nessa história.
Uma leitura para se angustiar e também refletir sobre o que estamos fazendo para construir o futuro.
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