Editora: Gruidher.
Páginas: 84.
A vida dá oportunidades
Você já pensou em quantas histórias e quantas vidas existem e passaram pelos caminhos que você percorre e nem percebe?
Davi é um advogado, que se tornou presidente da empresa onde trabalha, e em uma noite diferente encara muitas verdades sobre si mesmo.
Através de uma jornada de autodescoberta, o personagem principal começa a constatar quantos equívocos tem cometido e quantos erros precisam ser reparados.
O leitor irá conhecer nessa história uma mistura de realidade cotidiana com elementos fantásticos.
Um homem está saindo do trabalho, mas aquela não é uma noite comum, é a mais escura do ano… E quando ele sai do prédio e se perde inexplicavelmente, verdades sutis e permanentes são reveladas.
A vida tem o poder de impressionar, surpreender, chocar… Só que ela também permite novas chances, aprendizados e nos ajuda a evoluir e também sermos pessoas melhores.
No entanto, é preciso estar atento, receptivo, se permitir olhar para o outro verdadeiramente. Quantas vezes passamos por outras pessoas sem perceber quem são, como estão ou sequer notar que elas estão ali?
A distração e a indiferença são grandes problemas da nossa sociedade e isso nos afasta cada vez mais.
A autora nos mostra com delicadeza como essa indiferença pode se tornar arrependimento quando é percebida; e com isso evidenciar que não somos tão diferentes assim.
Todo mundo, em algum momento, já deixou de retribuir um cumprimento; já quis uma nova chance para agir diferente; descobriu que poderia ter feito um pouco mais; desejou ter tentado ser mais sensível e empático.
Somos humanos, vamos falhar, é normal.
O importante é reconhecer esses equívocos e tentar fazer diferente.
O Davi tem uma noite cheia, impressionante e repleta de companhias diferenciadas que o fazem perceber o quanto pode melhorar e que tudo isso começa com pequenos gestos, algumas palavras e a sensibilidade da alma.
O catador de papelão mostrou que eles não são tão diferentes assim, ambos têm histórias, destinos e tentam viver a vida como podem.
A florista evidenciou a frieza que ele tinha em tantas situações e como isso é trágico.
Os músicos mostraram que a vida continua, mesmo com as perdas. E a gente precisa aprender a seguir buscando os instantes de alegria.
Uma obra que nos faz querer saber muito mais sobre vários personagens, como a florista.
Além de lembrar que o tempo passa e as oportunidades também… Se não fizermos algo, pode ser tarde para tentar de novo. Mas a primeira jornada, e mais transformadora, é para dentro de nós mesmos.
Por isso, a hora de começar é agora.