Fala Werneck

@fala.werneck_anoiteprimimp

 

Eu gosto da escrita dessa autora porque ela cria reflexões de uma forma diferenciada.

 

Esta é a segunda obra dela que estou lendo e fiquei curiosa desde que ela anunciou o lançamento, porque queria descobrir como seria essa noite mais escura e quem seria transformado por ela.

 

A história começa com um advogado, que conseguiu o cargo que almejava na empresa. Mas perdeu o casamento e não é próximo do filho. Um homem solitário, que tem um caso com a secretária e vive trabalhando até tarde.

 

E então, nessa noite que é a mais escura do ano, tudo começa a ficar estranho quando ele vai embora do escritório sozinho e não consegue achar o prédio onde guarda o carro.

 

Enquanto a gente acompanha as reflexões desse homem sobre a família e o que ele tem feito da própria vida, notamos que as atitudes impensadas e naturais indicam como ele enxerga as outras pessoas, e o quanto evita perceber e reconhecer seus próprios erros e equívocos.

 

Só que a noite parece estar escancarando diante dele o quanto precisa melhorar e pode fazer diferente.

 

Porque é fácil demais julgar e criticar os outros, mas extremamente difícil e doloroso perceber que uma parcela daquela indiferença e crueldade pode estar dentro de si mesmo.

 

Às vezes é preciso presenciar uma situação na qual não esteja diretamente envolvida para que a pessoa compreenda certos gestos, palavras e até silêncios que podem afetar alguém.

 

A proximidade é construída, mas o afastamento também pode ser gerado pouco a pouco, dia após dia.

 

Vamos ver como a história seguirá e se ele conseguirá ajudar a florista que encontrou no beco.

 

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