Fala Werneck

@fala.werneck_resenhacaligula

 

Editora: Faro Editorial.

Páginas: 223.

 

Qual é o limite?

 

Calígula, um imperador louco, incompreendido ou um pouco de cada uma dessas características?

 

Nós nunca saberemos toda a realidade da época, porque cada um tem a sua versão da História.

 

Neste livro iremos conhecer a história desse homem diferenciado, que fez muitas escolhas duvidosas e chocantes. Manipulando pessoas, assustando generais e deixando a sociedade completamente apreensiva quanto ao futuro.

 

O livro é narrado por Lúcio, um oficial que fez parte do exército de Germânico, pai de Calígula; e depois serviu ao imperador problemático.

 

À medida que ele conta como o Gaio era adorado pelos soldados, que o apelidaram de Calígula, a gente já percebe que a criança era intensa e impetuosa, sempre querendo brincar de luta e dar ordens para os soldados.

 

O tempo passa e quando Gaio se torna imperador, parece mais imprevisível do que nunca. Um jovem que não consegue lidar com suas questões pessoais e não está preparado para a influência e o poder.

 

Mais uma vez, conhecemos um imperador que descobre a solidão que envolve uma posição dessas; no entanto, ele tem o agravante de ser um pouco perturbado depois do que aconteceu com o pai quando era criança e crescendo sob a influência da mãe, que não era muito maternal e vivia querendo difamar o Tibério. Além de sempre dizer que todos estavam armando contra ela e os filhos.

 

Imagine crescer com alguém assim!?

 

Lúcio se mostra um homem inteligente e determinado a lidar da melhor forma com o que a vida lhe apresentava. E assim ele virou o braço direito do imperador e tentou amenizar muitas das impulsividades de Calígula com conselhos e ideias menos agressivas. Nem sempre era ouvido, mas conseguiu ajudar em muitas situações.

 

Novamente, lemos sobre uma Roma dominada por um tirano e cercada de caos. Onde as pessoas apoiam e condenam com a mesma rapidez.

 

Uma época de instabilidade na qual as pessoas não podiam se expressar abertamente por medo de serem punidas de alguma maneira.

 

E em meio a tudo isso, quem pode julgar alguém que faz tudo para sobreviver e aceita até aquilo que não concorda?

 

Seres humanos são complexos, e os imperadores nos mostram o quanto eles tiveram que abrir mão para assumir o poder de dominar o mundo romano.

 

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