Editora: Global.
Páginas: 607.
Viver às vezes dói
Fernando Pessoa foi um poeta de diversas “faces”: romântico, crítico, sonhador, incisivo e até cínico.
Seus heterônimos são conhecidos mundialmente, lidos e representados em diversificadas formas artísticas.
Mas o poeta também escreveu e publicou com o próprio nome e “Poesia Autónima” irá reunir esses poemas, escritos até 1930.
A obra é dividida em sete partes: Juvenília, Cantares, Auréola, Grandes Armazéns da Sensação, Episódios, Meu Coração Feito Palhaço, Meus Dias Dia por Dia.
Encontramos assim um poeta melancólico, decepcionado e descrente da vida e do mundo.
Alguns poemas indicam uma visão de que a vida é menos divina do que podemos pensar, outros falam das dificuldades que parecem nunca acabar.
Realmente vivemos em um mundo repleto de problemas, dificuldades absurdas e muitos desafios.
As oportunidades não são igualmente justas, e às vezes viver pode doer bastante.
Mas Pessoa também nos lembra do infinito que existe na alma de cada um.
Estamos sempre buscando algo: equilíbrio, sentido, justiça, amor, paz de espírito.
A arte pode fazer tudo valer a pena, mostrando que nada foi em vão.
Ela pode ser até considerada divina, porque nos envolve e emociona de maneiras que não conseguimos explicar.
Viver e saber aproveitar a vida também é uma arte, porque é preciso sensibilidade, dedicação e força de vontade para identificar os momentos pelos quais o esforço é mais do que válido.
Viver dói porque sentimos… E por sentirmos, vale a pena.
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Namoro esse livro desde o lançamento 🥺❤️