Fala Werneck

@fala.werneck_resenhaocidadao

 

Editora: Qualis.

Páginas: 265.

 

Quem você realmente é?

 

A nossa sociedade está entorpecida pela indiferença, pelo preconceito e discriminação.

 

“O cidadão de bem” irá falar sobre o perigo desse comportamento tóxico e como é difícil modificá-lo.

 

Através de uma narrativa muito bem construída, iremos acompanhar a vida de duas famílias que possuem visões de mundo opostas.

 

Enquanto Roberto é um médico de sucesso que preza pela sua imagem e da sua “família tradicional”, diariamente ensinando aos filhos que o mundo deve se curvar às suas vontades; Rafael é um jornalista que está bloqueado na escrita do seu livro, arrependido por ter causado a própria separação da mulher e das filhas e tem a esperança de reconstruir o relacionamento com a filha mais velha.

 

Famílias que mostram como as pessoas são diferentes e o quanto os comportamentos podem corromper os corações.

 

O alerta sobre a forma como você se posiciona na internet é vital, hoje em dia as pessoas perderam parte do senso e do respeito por estarem “falando com uma tela”. Mas as nossas palavras são poderosas, elas precisam ser medidas e consideradas, independente da maneira que forem transmitidas.

 

Rafael tem uma página que faz referência ao que o mundo precisa valorizar e discute questões graves, que precisam de muita atenção, como o uso de armas.

 

A arma será outro personagem importante para a história, fazendo aflorar o lado cruel das pessoas e o pensamento de “justificativa/justiça” imediata.

 

Muitos personagens, em momentos de limite, ficam tentados pelo uso da arma.

 

Só que o tiro que aconteceu foi ainda mais cruel e assustador do que poderíamos imaginar.

 

Roberto tem a sua “família perfeita”, mas não cultiva o amor, a atenção e a compreensão, o que representará um caminho sem volta.

 

É triste ver como a família vai tratar o filho e as barbáries que serão ditas.

 

Rafael, por outro lado, irá perceber de forma drástica que a luta pelos valores de igualdade e respeito é diária, e muitas vezes interna.

 

É nos momentos extremos que as ideologias são testadas e os corações postos à prova.

 

Não é fácil, não é simples.

 

No entanto, é uma luta fundamental.

 

E como bem mostra o autor durante a narrativa, as armas que as pessoas precisam não são as que matam, mas as que constroem conhecimento, empatia e amor.

 

Que tenhamos força e determinação para lutar pelos livros e pelo bem, a cada dia, diante de cada pensamento turbulento.

 

O mundo merece uma base mais equilibrada e nós devemos construí-la.

 

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