Fala Werneck

meuprime

 

Post com SPOILERS!

Não custa lembrar que esses posts do projeto Meu Prime são repletos de spoilers. Então, se você ainda não leu e não quer saber detalhes da história, não leia este post.

 

Aviso dado, vamos falar sobre o quanto esse livro é impressionante e com situações de partir o coração?

Que história incrível, gente!

 

Todas as mudanças pelas quais o Charlie passou, a inteligência inimaginável e a triste queda de QI…

Foi surpreendente fazer essa leitura e ver o quanto ele aprendeu, amadureceu e se adaptou.

 

Ainda que o ganho absurdo de QI tenha tornado Charlie meio arrogante, cínico e descrente, conseguimos perceber que o seu lado bondoso ainda estava lá. Ele teve diversos problemas para conviver e lidar com as pessoas, mas se importava com Algernon, cuidava do ratinho e temia o rumo que a progressão do animal estava tomando. E com isso tudo, ele percebeu a importância de usar todo aquele conhecimento que ele adquiriu para ajudar as pesquisas e ajudar outras pessoas.

 

Passando por tantas mudanças bruscas e lembranças dolorosas, ele se tornou muito autocentrado. Ele estava triste, se sentindo muito sozinho, porém, quando decidiu ajudar e participar da pesquisa, encontrou um propósito e transformou os seus dias.

Os momentos dele com a Fay, quando o “antigo Charlie” retornava, me deixavam apreensiva. Vocês também?

 

Porque imaginei a desolação de compreender que depois de tanto esforço e tantas mudanças, ele iria regredir intelectualmente e ninguém poderia prever ou alterar isso.

No entanto, quando essa hora chegou e começamos a perceber nos relatórios a regressão, acompanhamos como algumas pessoas podem agir de outra forma e aprender a ser acolhedoras.

 

Existem pessoas cruéis no mundo? Muitas. Só que também existem muitas pessoas boas e outras tantas que estão tentando, a cada dia, agir com mais sensibilidade, empatia e amor.

Charlie percebeu que não é possível mudar o mundo sozinho; e se você tentar isso, terá uma jornada muito solitária. Por outro lado, as pequenas contribuições podem ajudar, amenizar dores, evitar que outros sofram da mesma maneira, como também é possível espalhar afeto.

 

Ele viveu uma montanha-russa espetacular e mesmo não lembrando depois, transformou a vida de muitas pessoas.

 

Que livro especial! Mostrando com esse experimento e os seus resultados o quanto algumas coisas podem ser efêmeras e como outras permanecem, independente do que aconteça.

 

Já leram “Flores para Algernon”? O que acharam?

Comentários (0)