Trechos
“A cidade estava toda decorada para o Natal, e fora como entrar em um mundo encantado, onde nada importava, onde ninguém a julgaria.”
“Porque, na verdade, estar ciente das coisas bonitas ao seu redor, por menores que fossem, a fazia se sentir melhor. Mais feliz.”
“Sou igual a todo mundo, tentando dar conta de tudo e torcendo para irmos para a cama sãos e salvos todas as noites.”
“Havia algo de reconfortante na atemporalidade do movimento repetido das ondas, saber que fazia parte de um ciclo infinito, destinado a sempre espumar na praia e depois recuar, hora após hora, dia após dia, enquanto a Terra girasse. Quando certos acontecimentos nos tiravam o chão, era preciso saber que se poderia contar que outras coisas continuariam exatamente iguais.”
“- Acho que a vida atira essas merdas no nosso caminho de vez em quando, e tudo o que se pode fazer é tentar com todas as forças não se tornar um merda por causa delas – disse ele, por fim. – Fazer o máximo para evitar continuar irritado, ou ressentido, ou amargo por muito tempo.”
“Momentos de alegria, pensou consigo mesma de novo. A vida parecia cheia deles atualmente.”
“Mas talvez tivesse sido sempre assim: um porto seguro na vida das pessoas, uma casa onde aqueles que estavam perdido iam parar, para se reencontrarem e depois seguirem em frente.”
“Porque às vezes valia a pena tentar de novo, não é? Às vezes era preciso reunir coragem para arriscar ser feliz, ser receptivo à alegria, como a velha cartomante aconselhara.”