Fala Werneck

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Escócia, 10 de novembro de 1743

 

Geillis,

 

Sinto tanto pelo que aconteceu e também por não ter descoberto antes o mundo que tínhamos em comum.

Por quantos meses vivi em meio a esses costumes estranhos, sem imaginar que alguém que poderia me compreender completamente estava tão perto e eu não fazia ideia…

Será que um dia descobrirei mais sobre você?

Qual será que era a sua vida “no futuro”?

Fico imensamente triste pelo seu sofrimento por Dougal e pela criança.

Gostaria de lhe falar dos sentimentos contraditórios que tenho. Qual será a escolha certa? O amor que eu descobri aqui no passado ou aquele que eu involuntariamente deixei para trás no futuro?

Jamais poderia imaginar que me apegaria dessa maneira à essa vida complicada, sofrida e brutal do século XVIII…

Os costumes são cruéis e as crenças bem fantasiosas. Mas quem sou eu para julgar? Cada tempo possui suas próprias mazelas. Deus sabe que o nosso tempo está cheio delas.

Pelo pouco que te conheci, acredito que soube aceitar e se adaptar a essa nova vida de maneira satisfatória, e do seu próprio jeito.

Espero que, onde você estiver, tenha paz e desafie o que acha errado e injusto. É preciso muita convicção para isso, e sei que você tem, amiga.

Fique em paz.

 

Com carinho,

Claire Fraiser

 

Esta carta foi inventada após assistir o episódio 11 da 1ª temporada de Outlander.

Ainda não conhece o projeto? Leia o post explicativo.

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