Fala Werneck

cartasficticiasabailarina

 

Paris, 15 de junho de 1870

 

Querida Madame Odette,

 

Venho através desta carta declarar o meu apreço por você da maneira mais respeitosa possível.

Por anos acompanhei seu amargor pela vida depois daquele fatídico incêndio durante a apresentação do Lago dos Cisnes. E me doía profundamente ver-lhe ignorar que a sua vida é mais do que o balé. Acompanhei de perto toda sua dedicação e amor pela dança na época; e naquela noite o fogo danificou mais do que o seu pé, ele dizimou a sua alegria.

Félicie, com todo seu ímpeto questionador e espontaneidade acabou conquistando seu coração. E pude notar que isso te libertou um pouco do passado.

Essa garotinha órfã mostrou a paixão que eu não via desde quando éramos jovens; e por ter nos lembrado o que é realmente correr atrás dos seus sonhos, ela me fez perceber que já perdi tempo demais sem lhe dizer, o quanto é importante na minha vida.

Você, minha queria, é graciosa e adorável; seja usando uma sapatilha de balé ou segurando uma vassoura.

Meus dias são mais agradáveis quando lhe vejo.

Por isso, gostaria de lhe convidar para jantar comigo no sábado, na taverna local; a Félicie e o Victor costumam ir lá esporadicamente, mas acredito que não seria um problema nos verem juntos.

Aguardo ansiosamente sua resposta.

 

Com amor,

seu Mérante Le Raut

 

Esta é uma carta que inventei baseada em dois personagens do filme A Bailarina.

Não está sabendo sobre esse projeto? Confira o post no qual explico os detalhes.

 

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